Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2006
Um Poema que adoro!!
Tarde no mar
A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,
Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
Florbela Espanca
De Anónimo a 11 de Janeiro de 2006 às 17:37
Lindo poema de Florbela Espanca. É de muito bom gosto colocá-lo aqui no blog. Uma imagem para este post http://fotos.sapo.pt/west/pic/0001dd57 (http://fotos.sapo.pt/west/pic/0001dd57)west
(http://engarrafamentos.blogs.sapo.pt)
(mailto:wetnelson@gmail.com)
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